Contos Infantis Ilustrados
O Menino que Descobriu uma Coisa

Contos Infantis Ilustrados - O Menino que Descobriu uma Coisa

Todos os dias esse Menino gosta de ir caminhando para a Escola.
No caminho ele sempre encontra alguns amigos, e de lá, vão juntos, conversando, olhando as coisas da rua. E no geral todos os dias são mais ou menos iguais...
Mas, hoje ele vai aprender uma coisa muito importante para si mesmo. Trata-se de uma coisa que quando se aprende, não mais há como Esquecer...

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Certo dia, à caminho da Escola, Ele viu uma pequena plantinha.
E embora passase por ali quase todos os dias, só agora ele a percebera!
Gostava daquele caminho porque passava diante de um velho e misterioso galpão, de uma antiga fazenda abandonada, que diziam ser mal assombrada. Mas o lugar era bonito e ele gostava daquele "Ar de Mistério" da velha fazenda.

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Mas ninguém se importava com a lenda da assombração, e aquele era um caminho preferido por muitos, e por ser uma área espaçosa, todos gostavam de ali brincar.
Ainda assim, no terreno do misterioso velho galpão, ninguém chegava nem perto.
Mas, também ninguém parecia se importar com a Plantinha. Passando ou brincando, sequer percebiam que existia.

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De repente ele teve uma ideia! E se ele cuidasse daquela Plantinha?
Não era preciso muito. Bastava que a olhasse todos os dias, quando estivesse indo ou vindo da escola.
Era só Cuidar para que ninguém arrancasse suas folhas. Combinaria com seus amigos para que eles, em outros horários, também dessem uma olhada!
E assim todos seriam seus guardiões, até que crescesse...

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Ele, claro, foi o primeiro a gostar de sua grande Ideia, e Logo falou com seus amigos mais próximos, e todos concordaram.
E em cada parte do dia, alguém passava por lá e dava uma olhava. E nos feriados, enquanto ali brincavam, todos estavam de olho.

Mas, um dia, quando estava voltando da Escola, Ele Viu que no lugar onde a Plantinha deveria estar, só havia um buraco. Alguém a Arrancara!

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Começou a pensar no que poderia ter acontecido ali, e o principal: Quem poderia ter feito aquilo!
Embora fosse impossível saber o que de fato acontecera, sua "Imaginação" não ficou quieta, e logo começou a Criar Coisas...
E em sua cabeça, Pensamentos Descontrolados, procuravam um culpado, mesmo que não tivesse a menor ideia do que, ou quem, pudesse ter feito aquela "Maldade".

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E Ele percebeu uma coisa: sua Imaginação, ao pensar em alguém, já julgava e culpava aquela pessoa, sem nem ao menos saber o que realmente acontecera.
Mas, o fato de não saber, não era um problema, pois os motivos, ela, sua Imaginação, também criava...
Sua Imaginação não estava preocupada com a Plantinha, queria apenas encontrar um Culpado, e qualquer um servia!

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Em pouco tempo, as primeiras Vítimas dos seus Pensamentos, começaram a surgir.
Primeiro pensou num mendigo que sempre via ali por perto! E pensou: "Só pode ter sido ele. Um velho daquele, com aquela cara de ruim que tem, arrancaria a plantinha só por maldade..."

Então Percebeu que já o estava Acusando e Culpando, mesmo sem conhecer a verdadeira história...

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Em seguida percebeu que, além de acusar sem provas, sem nada ter presenciado, sua Imaginação também criava cenas do que supostamente teria acontecido!
E Ele chegou mesmo a ver a cena do mendigo pisando na árvore, enquanto sorria maliciosamente.
E antes que pudesse pensar nos motivos pelos quais sua Imaginação criava tudo aquilo, Ela encontrou outro suposto culpado...

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Dessa vez, o alvo era sua amiga de sala de aula. Deduziu que poderia ser ela, já que outro dia a vira pisando, embora sem querer, numa plantinha no pátio da escola.
Outra vez, sua Imaginação criou uma cena mostrando ela arrancando a plantinha e correndo, rindo e feliz, por ter feito aquilo.
Ficou furioso com sua amiga, assim como ficara há um minuto atrás, com o coitado do mendigo!

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E ele pensou que, por causa deles, sua Árvore não mais cresceria...
Imaginou ela já grande, repleta de frutos maduros. Chegou a se ver embaixo da mesma, colhendo aqueles belos frutos.
Só que isso não mais aconteceria, graças a um daqueles dois.
O fato é que sua Imaginação já encontrara os culpados, julgara e condenara a ambos, mesmo sem a existência de prova alguma contra eles.

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Sentiu muita raiva daquelas pessoas, e também um forte desejo de vingança...
Desejou que algo de mau, um castigo, acontecesse com elas! Deviam pagar por aquilo, que ele julgava, tivessem feito!
Nesse momento, viu que sua amiga, a mesma que sua Imaginação acusara sem provas, ia passando ali perto.
Ela se aproxinou sem compreender porque ele estava tão bravo.

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E ela foi logo dizendo: “Você não imagina o que aconteceu!”
Ele permanecia calado, com uma cara de poucos amigos.
E ela continou a falar. “O Mendigo, a gente nem sabia, é um Guardião das Árvores. Ele sai à procura delas quando estão ainda pequenas, para então levá-las ao seu jardim, onde são plantadas. Lá ele cuida de todas elas, até que cresçam e fiquem fortes...”

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“Ele veio aqui à noite e levou a plantinha para seu jardim. Disse que aqui não estava segura, pois alguém acabaria pisando nela. Seu jardim fica daquele lado...”

Naquele momento, Ele sentiu-se muito Envergonhado por ter Imaginado tudo aquilo...
Com sua Imaginação, condenara inocentes, e agora percebia seu Erro. Sentia tanta Vergonha que sequer tinha forças para falar...

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Sinceramente arrependido pelo seu Erro de Julgamento disse para si mesmo:
“Agora percebo com clareza que o maior Erro de alguém é julgar os outros com a própria Imaginação. Nosso pensamento é capaz de criar coisas que não existem, e então nos engana afirmando que são verdadeiras...”

E, mais adiante, viu o mendigo em seu florido jardim, cuidando como ninguém da plantinha.

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Aprendera naquele dia, a mais importante lição de sua vida.
E, ainda comovido pelo erro que cometera, sentiu que gostava ainda mais da sua amiga, e de verdade, admirava e respeitava como nunca, aquele Mendigo. E então, ele disse:
“Hoje foi um dia Especial para mim! Depois de hoje, não mais serei a mesma pessoa de antes...”
E juntos, eles foram caminhando para casa, como faziam todos os dias.

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