Autor: Alberto Filho[1]
Revisado e Ampliado: 18 de Dezembro de 2023
IRRITAÇÃO e FRUSTRAÇÃO, reações comuns dos Adultos diante de eventuais posturas de Crianças rebeldes, apenas agravam ainda mais o Mau Hábito, criando assim um verdadeiro Círculo Vicioso que ajuda a consolidar esta postura.
Este pequeno episódio ilustra bem uma situação desta natureza...
Nas brincadeiras entre irmãos, algumas vezes as crianças podem se exceder.
E nestes casos, a Criança pode praticar uma atitude que insinua um Mau Comportamento.
Pode ser algo sem gravidade, mas considerado de mau gosto pelos pais...
E eis que entra em cena o adulto indigndo diante daquele fato, xingando, chamado palavrões, como se os gritos fossem a solução para o problema.
A Criança, já habituada com aquele sermão, apenas houve, mas sem dar importância às suas palavras.
Diante deste quadro, a Criança se sente Superior, e pensa: "Nada do que ele diz tem importância..."
Ou pensa: "A mais importante pessoa na minha vida, não sabe o que fazer para lidar comigo..."
Ou pensa: "Como são bobos os adultos, se aborrecem por nada!"
Fatos assim cria em sua mente um Conceito Negativo a respeito de si mesmo.
E ela pensa: "Se nem os adultos sabem lidar comigo, talvez EU seja mesmo um caso perdido..."
Para quebrar este Círculo Vicioso, deve-se substituir a indignação inútil pela Frustração sincera e o dialógo Empático.
"O Princípio da Dúvida ainda é o melhor aliado da boa Cognição..."
Engana-se quem considera como informação cognitiva apenas as coisas úteis. Vale esclarecer que a mesma instrução pela qual se aprende qualquer coisa, tanto pode ser de natureza negativa quanto positiva. E este conhecimento na mente ainda imatura de uma criança, independente da origem ou conteúdo, sempre será aprendizado, uma vez que servirá como orientação ou capacitação, embora o discernimento não faça parte do mesmo pacote.
Veja o exemplo dos jovens, ou mesmo adultos, muitas vezes supostamente já esclarecidos, e ainda assim vulneráveis às correntes mundanas ou midiáticas negativas; ainda sujeitos aos Condicionamentos Patológicos, como o são os vícios e outros desvios morais. Agora imagine a mente de uma criança, um terreno vazio, sem uma gota de discernimento, uma casa onde qualquer um tem livre acesso; um livro com suas páginas ainda em branco, onde é possível escrever qualquer coisa.
Os Maus hábitos são primeiramente assimilados dentro de casa, e depois são aperfeiçoados e consolidados na rua. Sem uma predisposição para acolher uma postura, qualquer que seja, o processo não vai adiante. Assim, tendo o exemplo, a sugestão, a referência ou incitação que surge a partir da interação familiar, na maioria das vezes dentro de sua casa, logo encontrará na rua o apoio de que precisa para dar continuidade à prática ou mau hábito no qual já foi iniciado.
Os Pais que diante dos seus filhos não se posicionam abertamente contra um mau hábito, mania ou modismo patológico, também, de maneira indireta, estão apoiando tais posturas. Se a ideologia praticada em nossa casa, pelos nossos pais e irmãos mais velhos não servir de exemplo profícuo e edificante, logo, o mundo lá fora se encarregará de contaminar a criança ou jovem com suas ideias e comportamentos bizarros.
Com o Bom Exemplo assimilado em casa, e neste caso apenas as palavras não bastam, nada do mundo lá fora será capaz de desviar a conduta dos nossos filhos. Bom exemplo significa postura ética e atitude pessoal reta, assim como o firme posicionamento contra as deformações sociais e manias espúrias do mundo lá fora. Mas o bom exemplo dentro de casa não pode ser apenas eventual, e sim regular. Diante de tudo isso, nossos filhos estarão encapsulados, blindados, contra o forte assédio das influências negativas que brotam por todos os lados na sociedade patológica onde vivemos.
[1]
Alberto Filho, É orientador e Consultor em educação infantil e adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral e Holística. É também Tradutor, Escritor de Contos Infantis e Adultos.
Email: albfilho@gmail.com
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