"O indivíduo que caminha no escuro sem tatear, acaba caindo no buraco sem esperar..."
![6 Mitos Populares que sabidamente Condicionam de maneira Negativa. 6 Mitos Populares que sabidamente Condicionam de maneira Negativa.]()
"Acreditar que uma tradição ou mito popular é o meio mais eficaz para o florescimento do bom senso, equivale a crer que a lua é feita de queijo suiço..."
"Sem uma boa dose de Bom Senso torna-se impossível o Consenso..."
Uma introdução para um Exame rápido do próprio condicionamento...
Na maioria das vezes, disfarçados de comportamentos saudáveis, os mitos e as superstições populares, em seu formato tradicional, tendem a circular de maneira invisível dentro de cada bioma social humano. E sendo incontáveis suas variações e efeitos, como partes integrantes das tradições orais de cada povo, silenciosamente atuam modelando ou realçando traços de nossa personalidade, o que acaba por interferir de maneira dramática e decisiva na natureza e qualidade dos nossos atos.
Nesse universo patológico, onde as bobagens ganham status de coisa séria, o fato é que nosso comportamento, sem que percebamos, há muito tempo está sob o domínio de um considerável e consistente repertório de mitos, superstições e crendices comuns a cada tradição. Compreender este processo pode nos ajudar a erradicar antigas deformações sociais que se escondem por trás de nossas condutas, que de modo equivocado, algumas vezes são mesmo consideradas deixas, virtudes ou inspirações divinas de homens santos ou sábios do passado.
Eis, portanto, uma breve lista com alguns destes Comportamentos, tradições, mitos ou axiomas sabidamente Negativos, que merecem com urgência uma reflexão mais aguda de nossa parte.
É dando que se Recebe.
Esta máxima está tão encarcerada em nosso inconsciente que é praticamente impossível realizarmos alguma ação em benefício de terceiros sem aquele sentimento de expectativa em relação a uma compensação futura, seja de ordem material ou espiritual. Aliás, essa expressão tem uma variante de cunho religiosa que explica tudo:
“Quem dá aos pobres empresta a deus...”
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A verdade é que o hábito do “dar para receber”, além de fazer parte de quase todas as tradições, já se tornou um ativo dos mais valorizados e um processo tão natural que nem mais parece uma psicopatologia das mais sérias. E aquele que cegamente segue a regra torna-se incapaz de prestar algum favor sem esperar outro em troca. Doação voluntária, nem pensar. E assim os relacionamentos se transformam em simples convênios para troca de favores entre velhacos, e logo que um dos lados deixa de cumprir sua cota de obrigações, a relação se desfaz e o conflito tem início.
Desde criança fomos condicionados a não praticar o verdadeiro altruísmo, a ação ou doação espontânea, aquela motivada apenas pelo bom senso e compaixão. Uma ação não motivada pela promessa de créditos e sem expectativas de retorno ou gratidão; aquele ato de boa vontade nascido da consciência de que doação não é um gesto de barganha sacra ou acordo de conveniência.
Quem estuda matemática é sempre mais Inteligente que os demais...
Para início de conversa, ter um intelecto recheado de cultura, não importa seu repertório ou especialidade, relevância, pedigree acadêmico ou status, nunca foi ou será um sinal de inteligência. Inteligência é outra coisa, e não depende do volume de informações acadêmicas acumuladas dentro do repositório intelectual de um cérebro.
A Inteligência nasce a partir da atenção suscitada pela dúvida, que se transforma em disciplina, caminho necessário para a conquista do atributo da auto-organização, que nos conduz à independência e a lucidez consciencial,
liberdade de pensamento ou autodiscernimento. Sem estas qualidades, o despertar da inteligência vai ficar só no mito.
Quando maior o Sofrimento, maior serão os futuros júbilos colhidos pelo Homem...
Quando os nobres antigos decidiram elevar a si mesmos como representantes terrenos dos deuses, por exclusão, determinaram que todos os outros não filiados ao clube monárquico não poderiam usufruir dos mesmos privilégios e vantagens que eles próprios já gozavam. Entretanto, era preciso encontrar um modo ou estratégia para conformar e aquietar aquela maioria barulhenta, mas necessária como mão de obra, sob o risco de uma convulsão popular contrária à elite dominante, o que poderia comprometer a boa vida que levavam.
Em caso de revolta, por que a turba miserável poderia comprometer aquele Status Quo? Simples: a nobreza dependia daqueles vassalos, tanto para cuidar de suas propriedades, hortas e asseio dos seus dormitórios, quanto da qualidade da comida que chegava às suas cozinhas. E tê-los insatisfeitos motivados por simples despeita era um grande risco; uma séria ameaça ao exclusivo conforto que desfrutavam.
Por isso, com a ajuda do clero que também já gozava dos mesmos privilégios, propagaram a ideia de que o sofrimento seria necessário para futuras compensações, se não na terra, certamente no reino dos céus. Eis outra mentira que deu certo, e até hoje ainda goza do status de verdade absoluta, especialmente nos meios aristocrata e religioso.
O importante é Competir.
Competição saudável só mesmo quando o protagonista está em contenda com ele mesmo, sempre em busca de corrigir suas falhas pessoais e qualificar as virtudes. Todas as outras formas de concorrência são negativas e criadoras de conflitos, intrigas, invejas e guerras. Numa competição é impossível existir algum tipo de entendimento ou conformação entre os antagonistas. Ocorre que cada um deles está em disputa com o outro pela conquista de um troféu disponível para apenas um deles.
“O importante é dividir em partes iguais”, ou “O importante é trabalhar em conjunto para o bem estar comum...”, esta sim, deveria ser a expressão e ideia corrente, e um costume consensualmente adotado por todos, mas nunca foi.
Quando se disputa o posto de superioridade proporcionada pelo poder ou status, a condição igualitária torna-se impossível, assim como o sentimento de aquiescência sem ressentimentos do lado perdedor.
Quem espera sempre Alcança.
Eis o primeiro e único estatuto da preguiça institucionalizada, uma espécie de acomodação com status de virtude. Como resultado nasce um indivíduo apático, fracassado, que além de invejar o sucesso alheio, estará para sempre em busca de culpados para justificar suas frustrações. Claro que sem esforço pessoal nada se consegue. É um princípio da natureza, onde os mais dedicados e esforçados serão contemplados com o dom adquirido da qualificação. Qualificação não se recebe, trata-se de uma conquista individual, que surge quando nos tornamos inteligentes, disciplinados e organizados, e traçamos objetivos de vida possíveis de serem alcançados, e isso ocorre no momento em que percebemos que estagnação é sinônimo de retrocesso, deterioração ou involução.
Quem cedo madruga os deuses ajudam.
Quem disse que trabalhar demais é sinônimo de sucesso ou êxito pessoal? De que adianta cedo madrugar sem ter um objetivo de vida definido, e trabalhar do nascer ao por do sol, sem descanso, sem disciplina ou organização, sem gostar do que faz, sem planejamento ou qualificação e sempre nas mãos do acaso ou na dependência de um guia?
A Expressão correta deveria ser: quem é qualificado, disciplinado, organizado, sabe planejar a própria vida e seus respectivos objetivos, se esforça sem martírios, gosta do que faz, é perseverante e não se importa de aprender a partir dos próprios erros, este, certamente, terá mais possibilidades de êxito do que aquele burro de carga que, além de se recusar a pensar por conta própria, prefere ser conduzido pelas rédeas por terceiros.
Qualificação e Disciplina é a chave que abre todas as portas do êxito, não apenas profissional, mas da autorrealização, e isso não depende de status social, apenas de coragem e vontade de mudar. O indivíduo talentoso e competente é mais autoconfiante, sabe cair e levantar, não tem medo das oscilações ou incertezas do mundo doente onde vivemos.
Além disso, os deuses não ajudam ninguém que primeiro não se qualifica e se prepara para colher o que plantou. Não é o que foi plantado pelos outros, e sim com as próprias mãos. O sujeito qualificado, diligente e organizado que trabalha por Vocação, não importa o pedigree ou importância social de sua especialização, sempre terá êxito em seus empreendimentos, independente do estado das coisas.
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Jon Talber - jontalber@gmail.com
É Pedagogo, Antropólogo e autor especializado em Educação Integral e Holística.
O autor não possui Website, Blog ou página pessoal em nenhuma Rede Social.
Alberto Filho - albfilho@gmail.com
É pesquisador pedagógico e orientador em educação infantil, juvenil e adulta, inclusive da terceira idade, com especialização em Educação Integral e Holística. É também ilustrador, escritor de contos infantis e adultos.
O autor não possui Website ou Blog pessoal.
Mais artigos do autor em: https://www.mundosimples.com.br