Maus e Bons Hábitos, tudo é uma questão de Aprendizado...
Introdução...
Não são as grandes coisas que fazem a diferença, mas os pequenos detalhes que muitas vezes quase não percebemos...
Quando se fala do envolvimento dos Pais com a educação dos filhos, logo se pensa em artifícios complexos ou nos processos impossíveis que cada um deverá empreender para viabilizar a empreitada.
Sem contar que, na maioria das vezes, é exatamente o fator complexidade que dá status e um pedigree diferenciado ao método aplicado, e segundo a tradição, essa é a métrica que confere à coisa mais reputação e valor. Trata-se de uma postura que já herdamos da mesologia, onde a figura de uma autoridade central se torna imprescindível para autenticador todas nossas necessidades, sejam materiais ou psicológicas. E segundo esse princípio, o status do mais complexo sempre vai se apresentar como o mais qualificado.
A educadora Betina Serson[1], uma brasileira residente nos Estados Unidos, fez recentemente uma rica experiência em sala de aula, que agora iremos compartilhar com nossos leitores.
Ela mostra como atitudes simples, dependendo da boa vontade do educador e dos familiares, poderão se transformar em grandes e valiosos projetos educacionais, e o mais importante, quase sem custos.
A Seguir, eis o relato completo de sua valorosa experiência...
Em países como o Brasil e Estados Unidos onde a grande maioria dos professores em pré-escola são mulheres, existe uma defasagem muito maior entre os meninos e as meninas em termos de interesse pela leitura, sendo que as meninas demonstram um maior interesse por livros e em comparação com países onde existem professores de ambos os sexos, onde essa defasagem é muito menor.
Os pais e as mães têm um jeito diferente de se relacionar com os filhos. As mães geralmente são as mais disciplinadoras e os pais geralmente são os companheiros de brincadeiras e de bagunça.
Além disso, as mães são as que têm maior contato com os professores e, portanto, sentem-se mais à vontade quando entram na classe dos filhos. Muitos pais gostariam de ter uma maior participação na escola dos filhos, mas muitas vezes não sabem por onde começar.
Pensando assim eu mandei uma carta aos pais convidando-os a irem à escola e lerem um livro (que eu providenciaria) para as crianças, não houve resposta.
Depois eu decidi pedir pessoalmente aos pais e as mães e explicar-lhes o porquê que eu achava tão importante a presença e o envolvimento dos pais com a escola.
Um dos pais se propôs a ir, no dia ele tentou desmarcar, mas no final foi. Quando ele chegou às crianças já estavam sentadas e ansiosas para ter alguém diferente lendo um livro para elas.
O Pai no começo sentiu-se um pouco inibido e não sabia muito o que fazer, mas, no final do primeiro livro ele se sentiu tão à vontade que acabou lendo três estórias e quis voltar outras vezes. O pai também recebeu um certificado que foi assinado por todas as crianças.
Depois do primeiro eu tive cinco outros pais que foram à escola ler para as crianças e todos adoraram a experiência. Todos pediram para ir de novo e o envolvimento dos pais com a escola melhorou muito.
Gostaria de todos os anos repetir essa experiência para que mais e mais os pais estejam envolvidos com a escola e a educação dos filhos.
É de vital importância, tanto para as crianças, em termos de desenvolvimento emocional e acadêmico, quanto para os pais, todo esse processo. É também vital e ao mesmo tempo recompensador, que eles estejam cientes, como podem fazer uma grande diferença, com um gesto tão simples.
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Editoria de Educação do Site de Dicas.
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Betina Serson M. Ed. - É Mestra em Early Childhood Education nos Estados Unidos, Pedagoga e Psicopedagoga pós-graduada pela PUC-SP, palestrante nos Estados Unidos sobre educação multicultural dentro da sala de aula.
Ela também pode ser contactada pelo email: Sersonb2@cs.com