Curso Criação de Atividades Recreativas
Aula 4 - Elementos Básicos de um Jogo Didático ou Atividade Recreativa
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Os Elementos Básicos de um Jogo ou Atividade Lúdica com Objetivos Pedagógicos:

Um Jogo ou atividade, qualquer que seja, em primeiro lugar terá sempre como proposta inicial distrair seu praticante. Por isso chama-se Passatempo. Mas, se pudermos tirar deste Passatempo algum proveito cognitivo teremos encontrado o modo perfeito de ajudar a educar, instruir, criar comportamentos sociais mais equilibrados e a construir um disciplinado perfil psicológico em nossos filhos e alunos.

Um Jogo deve ter mais ou menos os elementos que iremos detalhar em seguida. Entendemos que estes itens poderão variar de acordo com a abordagem pretendida, ou conforme determinações do autor. No entanto, com os itens aqui apresentados, conseguimos até hoje, depois de mais de 30 anos de magistério, realizar todas as tarefas que tínhamos em pauta inicialmente apenas como ideias.

Definição do tipo de Jogo ou Atividade, sua natureza, descrição, objetivo, etc.

Jogos de salão, ao ar livre e outros - Serão classificados de acordo com o objetivo pretendido. Isto é, se estimula ou desenvolve a Atenção, a Lógica, Noção Espacial, Coordenação motora, etc.

São ainda, Jogos dramáticos – fingir cenas ou situações cotidianas.

Construção – Usar materiais para fazer objetos; algumas vezes usados nos Jogos dramáticos, outras vezes sem uma aplicação pré-determinada.

Jogos de exploração – Explorar as possibilidades dos materiais e dos processos; dos ambientes e situações; superar obstáculos, vencer desafios, etc.

Jogos diversos – Jogos de tabuleiro, de Cartas[2], de Ação não Violenta[3] e outros jogos com regras.

Também será preciso fazer uma descrição detalhada de todos os aspectos referentes ao seu conteúdo, aplicação, desenvolvimento, acompanhamento etc. Deve-se também descrever o número mínimo e máximo de participantes e o modelo de gabarito que será usado para aferição de resultados.

Público alvo e faixa etária desse público bem definida.

Detalha-se à quais faixas etárias a Atividade está indicada, assim como se poderá ser jogada individualmente ou em grupo; se grupos mistos ou heterogêneos e assim por diante.

Regras claras do seu modelo de execução.

As regras de como jogar deverão ser claras, tanto para os participantes, quanto para o orientador que se encarregará de conduzir a Atividade.

Relação de materiais.

1. São os objetos necessários para o desenvolvimento ou desdobramento da Atividade ou Tarefa. Isto é, brinquedos tais como, bolas de gude, corda de pular, bola tradicional e outros; para atividades ao ar livre; itens para aplicações em ambientes fechados, tais como tabuleiros de damas, Xadrez e outros.

2. Também relacionamos os itens necessários, tais como cartolinas, lápis de pintar, tintas, pincéis, colas e outros acessórios, desde que se tenha a pretensão de criar os próprios objetos que serão usados na brincadeira.

Ter um ou vários desafios que deverão ser superados pelo jogador ou participante.

Cada Atividade deverá ter no seu escopo ou objetivo pelo menos um desafio, de preferência com proposta cognitiva, pois um dos principais fatores de motivação para os participantes deverá ser a superação de obstáculos de qualquer natureza.

Ser capaz de prender à atenção dos jogadores, isso quer dizer, que seja agradável de jogar.

Sendo uma atividade da qual os participantes gostem, certamente que terá maiores chances de êxito, durabilidade ou longevidade.

No caso dos Jogos Didáticos, objetivo educativo bem claro, meios de aferir se os benefícios propostos estão sendo alcançados e versatilidade para adaptá-los a grupos heterogêneos, mistos, etc.

Um meio de aferir se os objetivos propostos foram alcançados é criar uma planilha simples com os seguintes tópicos:

1. Nome da atividade, duração, periodicidade, quantidade de alunos, horário da realização, nível de interesse antes e depois – pode-se ver isso pela atenção que a criança dá a atividade durante todo seu andamento assim como pela vontade de repetir.

2. Deve-se também elaborar testes específicos. Por exemplo, se for uma atividade que estimule à alfabetização, este se presta a verificar se as crianças estão aprendendo ou não. Pode-se usar como modelo de aferição o tempo médio gasto com o método tradicional de alfabetização, em comparação com o novo. O nível de interesse pela leitura, a fluidez no interpretar dos textos, tudo isso também poderá ser usado como medidas indicativas de que a atividade é eficiente ou se ainda precisa de ajustes.

Na Página Seguinte apresentaremos um Exemplo completo de Criação de um Jogo Didático usando as técnicas aqui descritas.