Autor: Editoria de Folclore - Site de Dicas[1]
Revisto e Atualizado: 02 de Maio de 2024
Quando a expedição de Martim Afonso de Souza chegou às praias de São Vicente, encontrou gente branca, falando português e já vivendo com os índios.
Tebiriça e Piquerobi foram sogros de homens europeus e avós mestiços incontáveis. Reprimidos sexualmente na Europa, agora, sem rédeas, faziam daquela região verdadeiros haréns gratuitos.
Branco era o português e branco o filho do português. Essa massa brasileira empenhou-se para conquistar os indígenas, de olho nos montes de esmeraldas, rios de ouro e estradas empedradas de diamantes[2].
A repercussão dos mitos europeus e indígenas, retocados pela emoção africana, teve uma área de irradiação que foi além das fronteiras do estado.
Com o contato diário e obrigatório com os indígenas, o paulista saturou-se de suas tradições, confundindo-as com aqueles que ouviram dos seus pais. O folclore paulistano é mais ou menos padrão para Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, mato Grosso e Goiás. Os mitos são idênticos sem vestígios de fronteiras entre eles.
São mitos locais; O Lobisomem, o Caipora, o Saci, o Cavalo-sem-Cabeça, Mãe d’Água, etc. Outros secundários que são adaptações regionais, são; Mãe-de-Ouro, a Pisadeira, o Canhimbora, o Lobo-do-Mato, a Arma-do-Padre-Aranha, a Mãozinha-Preta, etc.
A Editoria de Pesquisas Folclóricas, é composta por dois antropológos, sendo um deles também folclorista, historiador e publicitário. Contamos ainda com a colaboração de uma pedagoga e antropóloga especializada em Tradições Populares e Costumes Antigos, e também com as valorosas contribuições dos nossos leitores.
>>> Bibliografia consultada.
[2] E deve-se notar que em regra as Bandeiras se compunham de mamelucos e índios domesticados. Raramente iam a tais aventuras os portugueses da classe dominante. É, pois, aquela nova casta, formada de sangues tão diferentes, que se mostrou capaz de semelhantes façanhas, ensina Rocha Pombo. “História de São Paulo, p. 72.”
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