Folclore Brasileiro - Mitos Brasileiros por Região - Sergipe

Os Aspectos Gerais dos Mitos Folclóricos da Cidade de Sergipe

O menor estado brasileiro, possui todos os mitos gerais. Sua população se divide nas três regiões que marcam, idealmente, zonas distintas de trabalho e mesmo de tipo étnico.

O litoral com a capital, Aracaju, medeia entre o mar e a zona açucareira, cortada pelo Cotinguiba[2], terra onde os escravos negros se avolumaram.

Segue-se a região agreste, coberta de plantios, com Itabaiana como sede natural, habitada por homens de trabalho, marcados, como em todo norte, pelo apelidos zombeteiros de “agresteiro-amarelo”, “comedor de cebola”, etc.

O sertão, com a cidade de Simão Dias, feira de gado e ponto de reunião, tem duas partes. O alto-sertão, chamado de Caatinga, moradia dos “Catingueiros”, de fala cantada e vagarosa, guardando leve sotaque castelhano, dizendo “otcho”, por “oito”, e o sertão propriamente dito.

Há um maior número de negros no Continguiba e litoral. Mestiços e caboclos no “agreste”. No sertão vivem os descendentes das velhas famílias-tronco, conservadores nos hábitos. Aí vivem poucos negros e mulatos.

No sertão vivem os mitos seculares, quase em estado de pureza. Descendo para o mar, os mitos vão sofrendo influências confusas e multiformes. Não existem mitos originais na região, e a maioria dos mitos que circulam localmente são os mesmos já consagrados em outras regiões do Brasil.