Autor: Alberto Grimm[1]
Atualizado: 30 de Maio de 2022
Quanto mais o bom senso se distancia do convívio entre amigos, mais ascende o antagonismo entre inimigos..."
"O principal problema do sujeito inconveniente é se achar uma espécie astro, cuja presença naquele local é uma obra prima da divina providência..."
E embora todos estejam ali com a obrigação de prestar serviços ao seu empregador, a fofoca parece ser uma parte integrante de todos os ambientes coletivos de trabalho. E alguns até são procurados pelos demais como fonte “confiáveis” de informações, uma vez que com o tempo, se tornam "respeitados", verdadeiras autoridades no assunto..
Se você é algum dos que gostam de fofocar sobre os outros, a melhor atitude é ignorar as fraquezas dos colegas e manter alguns segredos para si mesmo. Lembrando sempre de que, você não está fora do alcance daquelas dezenas de línguas e ouvidos que passam as horas em busca de novos e "quentes" assuntos para "animar o dia". Quem fala pouco dificilmente irá se meter nas confusões e embaraços normalmente causados pelas fofocas e sua fiel legião de adeptos.
Você é um deles? Talvez deva considerar o fato de parar de fumar, antes que parem você.
E embora as causas pareçam as mesmas, sempre serão realçadas por ocorrências fantásticas, além da imaginação, mas bem de acordo com o repertório sempre atualizado de desculpas dos canastrões profissionais.
Parecem apreciar quando se apercebem que você, como uma figura patética e desorientada, vagueia a esmo, de mesa em mesa, em busca do seu tesouro perdido. Também não é raro que, alheios a tudo isso, ignorem sua aflição.
E por isso mesmo, Você sabe exatamente o que eles estão ouvindo, e ainda é obrigado a conviver com aquele "gosto musical" discutível. E como se não bastasse o som que emana dos fones de ouvido, há ainda o acompanhamento do colega percussionista, que insiste em tamborilar com as canetas ou dedos no ritmo da batida da música, isso quando não fazem a dublagem com sua maviosa e prodigiosa voz.
Nestas horas, mais uma vez, o mais sensato é levantar e ir dar uma voltinha, tomar uma água, lavar o rosto, e tudo isso para não dar vazão ao seu instinto irracional primário, cujo desejo é pegar aquele aparelho e arremessá-lo com toda força contra a parede mais próxima.
O pior de tudo é que nunca se colocam na posição de alguém capaz de contaminar os outros com sua colônia de micro-organismos e germes, ávidos por encontrar novos hospedeiros. E completamente alheios ao bom senso, aqueles colegas, silenciosamente, parecem dizer a todos: "Excreções dos outros são nocivas, entretanto, as minhas, definitivamente, por um capricho da natureza, são assépticas, limpas; aliás, nem deveriam se chamar "excreções..."
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Alberto J. Grimm - albertogrimm@gmail.com
Antropólogo, Publicitário e Escritor. Especialista em Psicologia do Trabalho e Relações Humanas. É também pesquisador e Consultor em Recursos Humanos, Treinamento e Seleção, Requalificação Profissional, Educação Integral e Holística.
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