Autoria e Ilustrações: Alberto Filho[1]
Revisto e Atualizado: 11 de Maio de 2024
Perto do grande rio, existia um Casarão muito antigo... Diziam também que estava abandonado, há mais de 200 anos...
Sempre que ia passar as férias na casa de sua avó, ele olhava fascinado para aquela grande e misteriosa casa, e dizia pensativo:
“Aposto que ali, naquele casarão, tem um mistério escondido...”
Aquele menino adorava passar as férias na casa de sua Avó.
Algumas vezes, subia num morro ali perto e ficava olhando os garotos de uma favela das redondezas brincando com suas Pipas.
“Apesar de ser um bom lugar para empinar uma Pipa, acho muito perigoso ficar perto demais daqueles barrancos em volta das casas...”
Daquele mesmo morro, ele podia ver uma coisa que o deixava bastante pensativo.
Era um grande lixão, onde adultos e crianças das redondezas, catavam coisas para vender, e algumas vezes, até restos de comida. E nestas horas, ele pensava:
“E ainda tem gente que reclama da boa comida quentinha e limpinha que tem em casa todos os dias...”
Mas, como ele estava de férias, precisava se divertir.
Assim, foi brincar com sua pipa, que era sua brincadeira favorita.
Corria pelo mato, descansava um pouco. Corria de novo, e no fim da brincadeira, ficava com tanta fome, que até comia todas as verduras e ainda lambia o prato.
Sua Avó, feliz da vida, nem precisava pedir para que comesse tudo.
Até que, certa tarde, o cordão da sua pipa se quebrou, e ela acabou voando para longe. Ele, desesperado, correu atrás tentando alcançá-la.
“Preciso pegá-la de volta. Vou tentar seguí-la, e quando ela cair, eu a pego de volta...”, disse para si mesmo.
E correu atrás, sempre olhando para cima, com medo de perdê-la de vista.
E depois de muito tempo correndo atrás acabou por perdê-la de vista.
Ao olhar em volta, percebeu que estava em um lugar onde nunca estivera antes.
Então, ao olhar para baixo, viu uma coisa no chão, que o deixou intrigado.
Com uma parte enterrado na areia, podia ver um pequeno rolo de papel amarrado com uma fita.
“Deve ter sido a enchente de ontem que o desenterrou...”, Comentou, enquanto se abaixava para ver o que era.
Ao abrir o pequeno rolo, percebeu que havia achado uma espécie de mapa. E quase sem voz de tão surpreso, exclamou:
“Nossa, parece que é mesmo um verdadeiro Mapa de um Tesouro!”
E depois de examinar o mapa, ele exclamou entusiasmado: “Aqui diz que, em algum lugar lá no Velho Casarão abandonado, existe um Tesouro escondido...”
Assim, sem perder tempo, ele saiu pelo mato em direção ao Velho Casarão.
Ao avistá-lo de cima do morro, sentiu uma forte emoção, e em seguida um forte calafrio, que percorreu todo seu corpo.
Mas, como ele estava muito decidido, disse: “Vou entrar lá e procurar esse tesouro até achar... disso eu tenho certeza...”
Então, desceu do morro devagar e com cuidado, e logo chegou no pátio em ruínas da Velha Casa.
Nesse momento, não se conteve e exclamou maravilhado: “Puxa, a casa é bem maior do que eu pensava... também, nunca tinha chegado tão perto...”
Antes de entrar, ele deu mais uma olhada no mapa, e disse: “De acordo com o que está escrito no mapa, o Tesouro está lá dentro, encondido num quarto secreto...”
Assim, enrolou o mapa, e empurrou devagar a imensa porta da casa.
Ao abrir a pesada porta, esta fez um barulho tão assustador, que o deixou arrepiado. E nesse momento, até pensou em desistir daquela aventura...
E do vão da porta, ficou fascinado com o tamanho da casa por dentro. Foi quando viu que tudo estava em ruínas; muitas coisas quebradas, tudo espalhado pelo chão, um cenário desolador e misterioso.
Ele então pensou consigo mesmo:
“Minha Vó disse que desde seu tempo de criança, essa casa já estava abandonada... disse ainda que ninguém sabia o que acontecera com a casa, ou com seus donos...”
A luz do Sol que entrava pelos buracos do telhado deixava tudo muito claro lá dentro, por isso mesmo, sentiu-se tranquilo.
Ele então abriu o mapa sobre uma mesa, e pensou: “Agora vou dar mais uma olhada no mapa para saber o que devo fazer. Aqui diz que devo procurar por um corredor com as paredes Verdes; é lá que está a passagem secreta. No quarto secreto, vou encontrar uma parede com uma argola de ferro...”
Não demorou muito para ele achar o corredor com as paredes verdes.
E enquanto caminhava pelo corredor, pisou numa tábua solta que acionou um mecanismo revelando uma passagem secreta escondida em uma das Paredes.
Levou o maior susto quando viu uma parte da parede se abrir sozinha. Então, exclamou entusiasmado: “Acho que acabei de encontrar o quarto secreto...”
Ao entrar no quarto secreto, logo viu que se tratava de um depósito muito antigo, onde se guardavam as coisas da casa.
Então, abaixo da escadaria, viu algo mais. Era um sólido paredão de pedras. E encravada nele, pode então ver uma grande Argola de Ferro.
E, muito contente, exclamou: “É a parede com a argola descrita no mapa...”
A essa altura, estava ansioso para achar o tesouro escondido. Como já sabia o que fazer, subiu sobre uma pedra junto à parede da argola, e disse: “Conforme está no Mapa, basta puxar a argola com força, e algo vai acontecer... Vamos lá...”
E usando toda sua força, puxou a grande argola. Nesse momento, uma pedra que estava solta começou, a sair sozinha do paredão...
Quando a Pedra saiu da Parede, ele viu que ela escondia um compartimento secreto.
Ao olhar lá dentro, ele mal pode acreditar no que estava vendo...
Vários pequenos baús, recheados com centenas de moedas de Ouro, Jóias e Pedras Preciosas. Quase sem voz de tanta emoção, exclamou:
“Acho que encontrei, o Tesouro Perdido...”
E ele decidiu: “Com essa fortuna toda acredito que serei capaz de ajudar muitas pessoas, e claro, principalmente meus pais...”
Assim, ele colocou parte do tesouro em um saco, e pensou: “Chegando em casa, vou chamar meu pai para me ajudar. Faremos muitas viagens até conseguir levar tudo... Mas, é um trabalho que, além de valer a pena, precisa ser feito com paciência...”
Alberto Filho [1] - Professor de Educação Infantil, Especial, Jovens e Adultos. É também desenvolvedor de Softwares Educativos, Tradutor, Consultor, Ilustrador e Escritor de contos infantis, juvenis e adultos.
Email: albfilho@gmail.com
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