25 Traços comportamentais das Crianças que Pais e Educadores certamente desconhecem
Autor: Jon Talber[1] Conteúdo Atualizado: 15 de Julho de 2024
Artigo onde o autor apresenta um estudo que se presta a guiar pais ou educadores quando da avaliação da natureza de uma criança a partir dos seus Traços Comportamentais ou Qualidades mais Fortes.
"O educador por vocação nunca é escravo ou cativo de sua profissão, por isso nunca trabalha sob o jugo da obrigação...”
"Convém nunca esquecer que ingenuidade não é sinal de burrice ou estupidez, apenas de falta de maturidade..."
"Um dos grandes paradoxos humanos é compreender a natureza do seu Ego, uma entidade que ora finge ser bondoso para angariar méritos, ora finge que nada recebeu para não compartilhar seus ganhos, ou méritos, com mais ninguém..."
Observação Importante: Quando usamos a Expressão "Os Pais", estamos nos referindo aos dois Gêneros, e não apenas ao Gênero Masculino.
Uma Introdução...
É sempre importante lembrarmo-nos de que o conhecimento dos traços comportamentais fortes de uma criança, ou virtudes, acaba por colocar em nossas mãos uma poderosa ferramenta capaz de nos capacitar na tarefa de potencializar todo seu processo cognitivo.
Nunca é demais Lembrar que...
O corpo sensorial de uma criança recém saída do berço é mais aguçado que o de um adulto. Seus sentidos são mais exigidos, pois sua mente ainda não se distrai brincando de mesclar ou burilar lembranças do seu passado ou elucubrações sobre seu futuro, uma condição apenas possível para quem já possui uma larga experiência de vida.
Sua curiosidade é de fato infinita. Não existe dia inadequado ou mais propício para aprender. Como ela ainda não pensa de maneira lógica, não é controlada por tradições ou pelas instáveis emoções conscientes. Por isso, tudo lhe parece sempre novo, fresco, motivador, inédito.
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E como ainda não tem senso crítico, erros e acertos são tratados como se fossem coisas semelhantes, afinal de contas, os dois procedimentos acabarão por levá-la numa só direção, que é o acúmulo de experiências, sejam negativas ou positivas.
Sem experiência, a criança ainda não sabe o que é o medo. De fato, crianças são como livros com folhas em branco, onde podemos escrever qualquer coisa, inclusive um conteúdo positivo.
Inicialmente são motivadas por natureza ou instinto e não por orientação. Mas isso não quer dizer que o processo sugestivo ou formas de condicionamento adulto não sejam capazes de motivá-las ou fazer o caminho inverso.
O tamanho de sua motivação é diretamente proporcional ao sentimento de liberdade. A qualidade do ambiente onde a criança está também ajuda. Daí a importância, nessa fase da vida, de adultos conscientes ao seu lado. Restrições demais inibem o desenvolvimento da Inteligência e da Criatividade. Liberdade sem critérios permitem o desenvolvimento da indisciplina, desorganização e ações sem objetivos concretos. Encontrar o ponto de equilíbrio, contempla em deixar a criança livre para criar, mas fora do eixo dos excessos.
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As crianças são sociáveis por natureza, e este atributo é ao mesmo tempo um ponto fraco e um ponto forte. Fraco porque a torna vulnerável ante as armadilhas dos hábitos de crianças mais velhas ou de adultos mal intencionados. Forte porque não são resistentes aos novos aprendizados, mudanças, desafios e descobertas.
O lado positivo da falta de experiência de vida é sua alta receptividade aos novos conhecimentos assim como a infinita curiosidade. Mas isso pode se tornar uma fraqueza, se, com o tempo, também não adotarem para si o princípio da dúvida. A dúvida torna-se então uma cláusula obrigatória para um desenvolvimento cognitivo inteligente e saudável.
Sem o princípio da dúvida, poderão ser facilmente enganadas com falsas verdades. Por outro lado, a partir da prática da dúvida, terão os meios necessários para investigar e nunca aceitar, sem antes digerir, argumentações não comprováveis ou mentiras.
Como são naturalmente curiosas, isso faculta que aceitem com facilidade a boa pedagogia. Mas, como ainda não possuem um mínimo de discernimento, uma vez mais, poderão cair nas armadilhas do mau conhecimento, maus hábitos, desvios ou vícios.
Possuem mais facilidade para aprender outro idioma além do nativo. Isso ocorre porque suas sinapses cerebrais estão mais receptivas e sua audição mais afinada para perceber com mais clareza as diversas variações fonéticas.
É a melhor época para aprenderem sobre Ética, Cidadania e Bons Costumes. Mas isso deverá ser feito por meio de uma linguagem compatível com seu nível de compreensão, ou seja, o exemplo. As explicações, nesse estágio, têm sua importância, mas o exemplo é capaz de esclarecer mais que mil palavras.
Respeito e consideração, caso aprendam neste ciclo da vida, com o reforço do exemplo pessoal, jamais irão esquecer. A mesma regra vale para os pensamentos positivos e a Lei de Causa e Efeito, onde suas ações, quaisquer que sejam, inevitavelmente, terão como resultantes desdobramentos Negativos ou Positivos.
É a melhor ocasião para ensinar-lhes o significado de uma ação negativa e outra positiva. Neste caso, deve-se tentar ilustrar de maneira clara como as pessoas poderão se beneficiar com um ato positivo, ou se frustrar com o seu inverso.
É o momento perfeito para que os pais demonstrem, por meio do exemplo, aquelas posturas ou comportamentos que, dentro de casa, asseguram ser os corretos.
É ainda o melhor momento para a compreensão do significado da velhice, sua importância social e cognitiva para os mais jovens, assim como para mostrar a elas como a sociedade patológica trata seus idosos e outros grupos com menosprezo e indiferença. Esse estágio etário é a época ideal para a aplicação desta pedagogia.
E por que esconder de uma criança o lado feio da vida, se ela não poderá passar ao largo desta realidade no futuro? Acaso irão transmigrar de um planeta para outro à medida que crescem? Pode estar nas mãos delas a erradicação desses milenares e deformados paradigmas patológicos, e tudo isso vai depender da qualidade da instrução primária que ora estarão recebendo. Neste caso, não podemos contar com aquela orientação que terão na escola, e sim com aquela que irão assimilar do seu ambiente doméstico, em seus primeiros anos de vida.
Na fase preliminar da vida, se uma criança recebe dos pais carinho, respeito e bons exemplos de conduta, jamais, sob nenhuma condição externa, patrocinada ou não pelas circunstâncias ou acaso, irá optar por caminhos patológicos.
Lembre-se da velha máxima: “A primeira impressão é aquela que fica”, acredite, é a mais pura verdade. Por isso cuide de dar sempre uma primeira boa impressão, com um primeiro Bom Exemplo. Lembre-se, este exemplo inicial é a condição que irá atrair sua atenção. Seu cérebro novinho em folha estará pronto para fixar com grande nitidez, pelo resto da vida, esta boa orientação. Mas, aqui vale um alerta. Bom exemplo significa regularidade, continuidade, e não eventualidade, afinal de contas, há outra máxima que diz: “A última impressão é a que fica...”. Acredite, e é mesmo, e é capaz de desfazer completamente a primeira.
A mesma regra vale para os maus primeiros e últimos exemplos. Lembre-se, você já está contaminado pelos maus hábitos e psicopatologias sociais, enquanto que a criança, ainda não. E neste primeiro momento, o mais importante da vida dela, você é o fator que irá determinar qual será a qualidade primária dos seus pensamentos, assim como a base preliminar da sua cognição e personalidade.
Por outro lado, como já foi dito antes, a outra máxima: “A última impressão é a que fica”, também tem impacto importante sobre seu padrão de conduta. Por isso o exemplo dado não pode ser aquele que muda de acordo com as estações do ano. Neste caso, a regularidade é o que fará toda diferença. Lembre-se, se você dá um bom exemplo e faz o oposto, o conflito estará instalado em sua pequena mente, e você perderá toda credibilidade e gabarito como orientadoor.
E se sua vulnerabilidade consolidada pela inocência é seu Calcanhar de Aquiles, este também é seu ponto mais forte. Embora pareça um paradoxo, não é. Inocência nesse caso significa flexibilidade para aprender de maneira livre e criativa, e sem o peso dos vícios, paradigmas sectários, dogmas e os tabus limitadores do conhecimento, assim como de todos os demais entraves próprios da extraordinária força condicionadora da mesologia ou tradição.
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Por isso suas sinapses cerebrais, ao receberem o esclarecimento e a orientação adequada, reforçado com o imprescindível exemplo comprobatório, desenvolverão sólidos músculos criativos. Lembre-se, inteligência é uma conquista voluntária, e não uma contingência espontânea.
E por último, o atributo do aprender a aprender, se introduzido como parte do seu dia a dia, poderá criar raízes permanentes. E esta é a mais importante qualificação que um ser humano pode receber em vida. Esta qualidade é o caminho natural para a descoberta da Vocação, e o caminho natural para Autorrealização.
Sem esse status mental, a criança jamais será capaz de praticar o Autodidatismo, aquela condição onde o indivíduo aprende por meio do Autoexame, o que quer dizer, uma auto-análise de si mesmo. Nesse estado de ser, onde seu status consciencial poderá aflorar, ela terá possibilidades concretas de descobrir quem é como entidade humana, assim como qual é o seu verdadeiro papel existencial neste mundo.