Compiladores: Jon Talber e Alberto Grimm[1]
Revisado e Ampliado: 16 de Maio de 2024
"Em nosso tempo, o indivíduo que se recusa a seguir a multidão, corre um sério risco de ser considerado um alienado social..."
O papel de uma campanha publicitária eficiente é apenas convencer o consumidor de que ele está levando para casa uma vantagem exclusiva, e não algo que lhe terá alguma utilidade.
Atualmente, a máquina do consumo redefiniu a necessidade dos bens duráveis, não mais por sua utilidade, mas apenas pelo seu potencial em suportar infinitas modificações ou atualizações.
Para o mercado do consumo, o sucesso de seus novos lançamentos é diretamente proporcional ao tamanho da expectativa do consumidor em relação ao status conquistado a partir da aquisição do novo produto.
A criativa indústria do consumo criou o conceito da consideração capaz de ser demonstrada apenas por meio de presentes ou homenagens, mesmo que entre si, os protagonistas ignorem o significado da palavra respeito.
O maior trunfo da insaciável indústria dos novos modismos é sua extraordinária capacidade em convencer seus consumidores de que o produto adquirido é uma necessidade, mesmo que sabidamente, não o seja.
Em nossos dias, a mentalidade globalizada não é mais uma ficção, basta que se observe como um desejo de consumo ocidental é imediatamente suprido pelas fábricas do oriente.
O consumidor sensato não deveria ficar frustrado diante da impossibilidade de suprir todas as necessidades que imagina ter, e sim questionar porque precisa de todas.
Com frequência, o indivíduo é forçado a adquirir um novo produto, não com base em sua utilidade, e sim pelo potencial que supostamente terá para realçar sua força presencial ou status social.
O conceito do produto obsoleto como fator capaz de depreciar do status social do indivíduo, ainda é um dos maiores argumentos do marketing pubblicitário para incrementar o consumo de bens duráveis.
A propaganda é capaz de convencer o consumidor a adquirir um item desnecessário apenas para suprir uma necessidade inexistente.
Determinar a real necessidade de um item de consumo, ou até mesmo de uma necessidade, agora não é mais uma tarefa do usuário, e sim dos influenciadores sociais.
As novas atualizações dos novos produtos estão ocorrendo tão depressa, que o comprador ao adquirir um item recém visto na vitrine, ao pegá-lo na embalagem, corre o risco de estar levando para casa um modelo obsoleto.
Na maioria das promoções relâmpago, o consumidor quase nunca avalia a utilidade da compra, mas apenas a sensação da vantagem que imagina estar levando para casa.
O marketing sabe como ninguém, que ao consumidor interessa mais a sensação de vantagem que terá antes da compra, que a utilidade que terá o produto depois de adquirido.
Antigamente, a utilidade determinava o valor da compra. Atualmente, o valor do status determina a utilidade da compra.
Atualmente, os novos produtos eletrônicos com tecnologia de ponta que são produzidos, não levam em conta a utilidade que terá para o usuário final, e sim apenas seu potencial em suportar infinitas atualizações que obriguem o consumidor a trocá-lo, o quanto antes, por um modelo mais novo.
Jon Talber - jontalber@gmail.com
O autor é Escritor, Pedagogo especializado em Educação Integral e Consciencial e Filósofo Taoísta.
Alberto Grimm - albertogrimm@gmail.com
Antropólogo, Publicitário e Escritor. Especialista em Psicologia do Trabalho e Relações Humanas. É também pesquisador e Consultor em Recursos Humanos, Treinamento e Seleção, Requalificação Profissional, Educação Integral e Consciencial.
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